Japão: assassinato de Shinzo Abe – o fim dramático para uma trincheira da reação burguesa

Em 8 de julho, Shinzo Abe foi declarado morto. O ex-primeiro-ministro do Japão e um dos políticos burgueses mais influentes da última década, não apenas em seu país, mas também no leste da Ásia em geral, foi assassinado enquanto fazia um discurso eleitoral em favor de um de seus colegas do Partido Liberal Democrata (LDP).

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Uma enxurrada de elogios e lágrimas transbordou de representantes das classes dominantes em todo o mundo. Donald Trump, Joe Biden, Hillary Clinton, Boris Johnson, Keir Starmer, Vladimir Putin, Volodymyr Zelensky e muitos outros deixaram de lado suas “diferenças” e se uniram para expressar sua comoção, condenar o assassinato e elogiar o legado de Abe.

Mas o verdadeiro legado de Abe foi o colapso massivo dos padrões de vida da classe trabalhadora japonesa, garantindo ao mesmo tempo que a classe dominante continuasse a enriquecer. Ele teve muito cuidado em nutrir o governo do LDP que havia herdado, tornando-o aparentemente um dos regimes burgueses mais estáveis ​​do mundo. Durante todo o tempo ele manteve conexões estreitas com ultra-nacionalistas, ultra-tradicionalistas, a extrema-direita e até fascistas confessos.

Não derramamos uma só lágrima por esse gangster burguês. Mas por que ele foi morto? E qual será o impacto desse evento dramático na situação política no Japão?

“Um certo grupo religioso”

O assassino, Tetsuya Yamagami, 41 anos de idade, foi um ex-membro da Força de Autodefesa Marítima Japonesa (JMSDF, equivalente à marinha). Embora os detalhes sejam e permaneçam incompletos, circulou uma linha na mídia de que o assassino alegou “não ter nenhum problema com a política de Abe”, mas “com um certo grupo religioso ao qual ele está conectado”.

Em meio ao caos do dia, o controle de danos na mídia estava se mostrando particularmente difícil. À noite, a maioria dos meios de comunicação do país estava promovendo fortemente o fato de o assassino ser membro da JMSDF, enquanto apenas mencionava, de passagem, seus comentários sobre seus motivos. No início do sábado, alguns informes omitiam completamente a referência a um grupo “religioso”. Outro fato muito curioso que lança alguma luz sobre a liberdade e a independência da imprensa no Japão foi que as edições especiais de sexta-feira dos cinco maiores jornais: Asahi Shinbun, Mainichi Shinbun, Yomiuri Shinbun, Sankei Shinbun e Nikkei Shinbun, traziam exatamente a mesma manchete.

Junto a essas revelações, um número significativo de direitistas nas mídias sociais começaram a fazer mais perguntas sobre a identidade do assassino. Uma sugestão de que o assassino “não poderia ser um verdadeiro japonês” levou imediatamente a alegações infundadas de que ele deveria ser um coreano Zainichi. Essa óbvia difamação nacionalista levou o consulado sul-coreano em Fukuoka a emitir um alerta sobre possíveis crimes de ódio.

Mas a notícia já saiu. “Um certo grupo religioso” estava entre as pesquisas mais populares no Twitter japonês. Já na sexta-feira, muitas pessoas esperavam que isso fosse uma referência à Igreja da Unificação, comumente chamada de “os Moonies” (em homenagem ao seu fundador, Sun Myung Moon), ou como são formalmente conhecidos hoje em dia, “A Federação das Famílias para a Paz Mundial e pela Unificação”. Na noite de sábado, a Gendai Business confirmou essa suspeita.

Tudo fica na família

As ligações entre o LDP e a Igreja da Unificação começaram já na década de 1960. Com a igreja estabelecida como uma entidade raivosamente anticomunista desde o primeiro dia, e a razão de ser do LDP sendo a destruição da esquerda e a manutenção do Japão como um baluarte do imperialismo dos EUA, essa era uma relação muito natural.

Enquanto Sun Myung Moon estava estabelecendo a igreja na Coréia do Sul na década de 1950, no Japão a CIA promulgou o chamado “sistema de 1955” de governo essencialmente de partido único pelo LDP. A chave para o sucesso desta operação foi a participação de ex-criminosos de guerra e gangsters da Yakuza, libertados da prisão de Sugamo em 1948 pela força de ocupação dos EUA.

Um desses homens era um grande criminoso de guerra, o arquiteto da exploração brutal da Manchúria e um dos signatários da declaração de guerra aos EUA e ao Império Britânico: Nobusuke Kishi. Kishi acabou sendo um dos peões mais confiáveis do imperialismo dos EUA, junto com seus colegas Yoshio Kodama e Ryōichi Sasakawa. Ao estabelecer o LDP, ele controlava as cordas como secretário do partido, até se tornar o primeiro-ministro em 1957. Depois de ser forçado a deixar o cargo em 1960 por protestos da Anpo, ele continuou dando as cartas como um grande influente do LDP.

Ele fundou Seiwa Seisaku Kenkyūkai, uma facção dentro do partido e que hoje é a maior. Continua nas tradições ultra-nacionalistas e reacionárias de seu fundador. Na década de 1960, Kishi também estabeleceu as primeiras conexões fortes do partido com a Igreja da Unificação, dando-lhes um terreno em Tóquio para estabelecer sua sede japonesa. Desde então, o partido e a igreja funcionaram em simbiose, a igreja apoiando o LDP nas eleições, enquanto obtinha proteção e apoio em troca.

Nobusuke Kishi também era avô de Shinzo Abe. Quando o manto de líder do partido e de primeiro-ministro foi passado para ele, ele continuou as políticas reacionárias de Seiwa Seisaku Kenkyūkai, em particular pressionando pela emenda da constituição de 1947 e seu artigo 9, que proíbe o Japão de ter um exército permanente adequado. Ele também fez visitas ao Santuário Yasukuni, onde os criminosos de guerra, que não tiveram a mesma sorte de seu avô, são homenageados, e, de acordo com o revisionismo histórico de outro grupo arqui-reacionário ao qual ele pertencia, Nippon Kaigi, ele negou consistentemente crimes de guerra japoneses na China e na Coréia.

Desnecessário dizer que o vínculo com a Igreja da Unificação também foi mantido sob seu mandato. Descobriu-se que a mãe de Yamagami era membro da igreja e havia falido com suas doações, levando seu filho a desenvolver um rancor assassino. Inicialmente, ele havia planejado matar um membro de alto escalão da igreja, mas depois de avaliar uma oportunidade de matar Abe, ele aproveitou.

O verdadeiro legado de Shinzo Abe

Após sua morte, o descendente desta dinastia de bandidos e gangsteres passou a ser celebrado como um cavaleiro da democracia vestido numa armadura brilhante. O assassinato está sendo pintado como “um ato de terror contra a democracia”. Entre as pessoas que elogiam Abe estão colegas “democratas” como Jair Bolsonaro, Vladimir Putin, Donald Trump e Nahendra Modi. Os dois últimos eram particularmente próximos de Abe.

Alinhado com seu antecessor, o governo de Abe garantiu liberdade para os patrões e tirania para a classe trabalhadora. Ganhou fama mundial por meio de seu “Abenomics”: um programa de jogar dinheiro nos zaibatsu (grandes conglomerados empresariais) e encher os bolsos dos diretores e acionistas. Em teoria, algo deveria “gotejar” nas mãos dos plebeus.

Assim como nos EUA sob Ronald Reagan, aconteceu exatamente o oposto. Em vez de toda a sociedade ficar mais rica, as pessoas comuns da classe trabalhadora no Japão foram submetidas a um terrível aperto em sua situação de vida e condições de trabalho já notoriamente brutais. 209.901 pessoas cometeram suicídio sob o governo de Abe de 2012 a 2020, 19.035 por motivos relacionados ao trabalho. Estas são, naturalmente, apenas as estatísticas oficiais.

O governo registra anualmente cerca de 200 casos de karōshi – mortes por excesso de trabalho: falhas cardíacas ou hemorragias cerebrais. Mas isso, como muitas outras estatísticas mantidas pelo governo japonês, é um número adulterado. Não inclui “trabalhadores não regulares”, a camada mais oprimida da classe trabalhadora japonesa: os trabalhadores de meio período, trabalhadores temporários, contratados autônomos etc., que somam aproximadamente 68,6 milhões. Isso significa que 30% da força de trabalho real não está incluída nessas estatísticas nacionais. Ativistas que lutam contra o excesso de trabalho estimam que as mortes relacionadas ao trabalho estejam próximas a 10.000 por ano.

Outro exemplo de falsificação é o número de sem-teto no Japão. Oficialmente, o governo afirma que há menos de 4.000 pessoas sem-teto em todo o país. Mas a metodologia para obter tal coleta de dados é realmente notável. Esse número é coletado na forma de uma pesquisa, em que os funcionários recebem uma prancheta e um lápis e são enviados para parques e locais de trânsito onde os moradores de rua se reúnem e contam quantos conseguem identificar.

Num país onde a mendicidade é crime e a estigmatização social está sempre presente, uma quantidade considerável de sem-teto está “escondida”. Existem milhares de pessoas no Japão sem endereço fixo, muitas delas chamadas de “cyber-sem-teto” que, incapazes de pagar o aluguel mensal de um apartamento comum, recorrem ao aluguel de cubículos em cybercafés. A escala desse fenômeno excede em muito os números oficiais sobre os sem-teto. Estima-se que existam cerca de 4.000 cyber-sem-teto apenas em Tóquio.

Este é o verdadeiro legado de Shinzo Abe. Centenas de milhares de trabalhadores precários, sem saber se serão chamados para trabalhar amanhã ou não, escondidos da vista da sociedade em cubículos de dois metros quadrados. Sentados em frente a uma tela de computador todas as noites, eles se sedam com álcool para dormir, até que um dia não aguentam mais. Esse pesadelo se estende até às camadas mais abastadas, que não estão livres do estresse do excesso de trabalho, com o qual devem se comprometer se não quiserem ficar sem casa e emprego regular.

O tempo todo, os ricos shachō riem em suas mansões, bebendo champanhe gelado em taças de cristal, gastando milhões de ienes por capricho em relógios Patek Philippe ou Baccarat, dirigindo seus Alfa Romeos, Ferraris, Jaguars e Maseratis.

A riqueza média em todas as famílias caiu 3,5% entre 2014 e 2019, apenas 1.267.000 famílias possuem ¥ 299 trilhões em ativos financeiros líquidos. Isso representa 2,36% do total de famílias japonesas que possuem 19,42% da riqueza total familiar. Dentro disso, 84.000 famílias detêm ¥ 84 trilhões, fazendo com que uma proporção de 5,45% do total seja de propriedade de apenas 0,15%. Isso ocorre enquanto a riqueza líquida média das famílias e a renda disponível líquida ajustada são inferiores à média da OCDE. Isso é especialmente criminoso para uma sociedade tão rica e avançada.

Voto antipático

Embora o assassino alegasse que seus motivos individuais não eram políticos, o fato de pessoas como ele serem levadas a atos tão desesperados é indiretamente resultado das políticas sociais de Abe. Este acidente histórico é uma expressão de imensas contradições, sobre as quais se baseou o Triângulo de Ferro do LDP, o keiretsu (a rede das maiores empresas japonesas) e a burocracia estatal.

Assassinatos políticos e violência política em geral não são tão incomuns como alguns meios de comunicação ocidentais sugerem. Por exemplo, o prefeito de Nagasaki, Itchō Itō, foi baleado em 2007, e o funcionário do Ministério das Finanças, Toshio Akagi, foi levado ao suicídio em um dos escândalos de corrupção de Abe. Mas nem é preciso dizer que o assassinato de uma figura pública tão proeminente significará uma mudança tectônica na política japonesa.

O resultado mais imediato, e que todos esperavam, foi uma onda de apoio ao LDP nas eleições do último domingo para a Câmara Alta, semelhante àquela quando Masayoshi Ōhira morreu de ataque cardíaco durante a campanha eleitoral em 1980. Olhando para os números, enquanto há alguma evidência disso acontecendo, não é um “voto de simpatia” tão grande quanto o que o LDP recebeu em 1980.

A participação dos eleitores foi de apenas 52,05% e, embora tenha melhorado com relação aos 48,8% de 2019, ainda mostra uma enorme desconexão entre a política burguesa e as massas. De acordo com as pesquisas de boca de urna da Kyodo, 21,9% dos eleitores não afiliados votaram no LDP, o que, embora razoavelmente grande, é menos do que se poderia esperar, dada a morte dramática na memória viva da figura mais importante do LDP, apenas dois dias antes.

Em outra pesquisa publicada pela Kyodo na terça-feira, 62,5% dos eleitores disseram que seus votos não foram influenciados pelo assassinato de Abe, enquanto apenas 15,1% disseram que sim. Enquanto 58,4% disseram que não acham que a revisão da Constituição deva ser uma prioridade, 37,5% disseram que deveria ser, apontando para um potencial crescimento da polarização entre esses dois grupos. Sem surpresa, a principal questão com a qual os eleitores estavam preocupados era lidar com a situação econômica e o aumento do custo de vida, com uns 42,6%.

O que vem a seguir para o LDP?

O LDP, no entanto, ganhou uma quantidade modesta de assentos na Câmara dos Conselheiros e, juntamente com seus parceiros de coalizão de longa data, o Komeito, obteve uma saudável maioria simples. Além disso, juntamente com outros dois partidos pró-mudanças constitucionais (o Partido Democrático do Povo e o Nippon Ishin no Kai), eles estão prontos para iniciar a emenda constitucional do artigo 9, com uma maioria de dois terços no total. Isso cria um caminho para a remilitarização do país.

Os partidos da oposição quase não merecem menção. O principal partido da oposição, o Partido Democrático Constitucional do Japão (CDPJ), mais uma vez perdeu assentos. O CDPJ não está oferecendo nada diferente do LDP, a única diferença é a questão da mudança constitucional. O Partido Comunista japonês também perdeu assentos, com sua bandeira velha e burocrática, mais uma vez, fracassando em atrair a atenção das massas.

Apesar do LDP permanecer firmemente no poder, isso não significa que um período de paz e tranquilidade se seguirá. Mesmo antes do assassinato de Abe, tensões significativas estavam surgindo entre o atual primeio-ministro Fumio Kishida e Abe. Enquanto Abe ainda exercia uma enorme influência dentro do partido, Kishida veio da facção rival Kōchikai.

Kōchikai, tradicionalmente representando o pequeno burocrata e o pequeno-burguês, é provavelmente a facção mais moderada do LDP. Um dos principais pontos de discórdia entre Kishida e Abe foi a mudança constitucional. Kōchikai tradicionalmente favorece a cláusula pacifista na constituição, enquanto tenta confiar mais no imperialismo dos EUA. Quando a invasão da Ucrânia começou este ano e Abe estava lançando a ideia de ter armas nucleares dos EUA estacionadas no Japão, efetivamente rompendo com a estrita política não nuclear do país, Kishida foi abertamente contra ele no parlamento e classificou a ideia de inaceitável.

A morte de Abe é um presente para Kishida. Com o Seiwa Seisaku Kenkyūkai agora correndo sem liderança, aparentemente sem ninguém para substituir a figura de proa experiente, Kishida agora tem uma oportunidade que ele não poderia ter imaginado apenas algumas semanas atrás. Entretanto, isso não significa que ele é livre para agir como quiser. A facção de Abe ainda é a maior força do partido, e Kishida ainda é filiado ao ultra-reacionário Nippon Kaigi, que estendeu sua influência doentia sob o governo de Abe. A dinastia de extrema-direita de Nobusuke Kishi também não morreu com Abe. Nobuo Kishi, irmão mais novo de Abe, é o responsável pelo Ministério da Defesa.

Kishida precisará jogar suas cartas lentamente e apoiar publicamente a revisão constitucional e algumas outras políticas da ultradireita, mesmo que não as apoie totalmente. Ele pode tentar paralisar ou retardar o processo de introdução dessas mudanças, mas se fizer outros movimentos bruscos, pode estar arriscando sua vida, tanto política quanto literalmente, pois a direita não vai parar por nada para cumprir seus objetivos.

Ele também estará sob pressão do imperialismo dos EUA. No papel, as políticas de Kōchikai podem parecer extremamente favoráveis a Washington, já que a preservação da constituição pacifista vem acompanhada de uma maior dependência dos EUA para a segurança. No entanto, o imperialismo dos EUA está em um estado de declínio relativo e lutando com potências em ascensão, particularmente a China. Apesar de continuar sendo a força mais poderosa do planeta, com o aumento das tensões globalmente e no leste da Ásia, Washington quer que o Japão coloque seu próprio exército em campo para garantir que as forças dos EUA possam ser usadas em outros lugares, se necessário.

Abaixo o capitalismo: o “velho” e o “novo”. Lute pelo socialismo!

Uma das principais políticas de Kishida é a do “Novo Capitalismo”. Uma rejeição total da Abenomics, supostamente visa redistribuir a riqueza de forma mais igualitária por toda a sociedade. Como Kishida espera conseguir isso é um mistério, pois seus planos, quando revelados em maio, encontraram uma forte reação do capital financeiro, que é alérgico a qualquer aumento de impostos. Os planos também foram criticados pela ala direita do partido, fazendo com que o plano final divulgado no início de junho não passasse de um monte de retórica vazia sobre a criação de um “ciclo virtuoso de crescimento e distribuição”, sem propostas concretas.

No entanto, Kishida tentará usar esse slogan para tentar obter algum apoio popular para seu governo. Os trabalhadores japoneses podem inicialmente expressar algum apoio limitado à ideia, considerando quão terrível é sua posição no momento sob o “velho capitalismo”. Mas é um slogan completamente vazio, que nem mesmo propõe as reformas mais débeis, totalmente impotente para lidar com a crise histórica que assola o capitalismo mundial. O governo de Kishida só levará ao crescimento da desilusão e do descontentamento.

No final das contas, a única saída para a classe trabalhadora japonesa é a mesma que para a classe trabalhadora em todos os países do mundo: romper com o capitalismo, destruir as estruturas do Estado e estabelecer uma sociedade socialista verdadeiramente democrática sob o controle da classe trabalhadora. Esta é uma solução que ninguém no Japão está propondo atualmente.

Os acontecimentos da semana passada mostram, no entanto, a crescente instabilidade da situação no país. Tendo sido expostos ao papel pernicioso da mídia de massa capitalista, à farsa dinástica da chamada democracia e às conexões repugnantes deste regime com os fascistas e anticomunistas raivosos, muitos japoneses passarão por uma mudança de consciência.

 A classe trabalhadora japonesa precisa de uma organização que levante a bandeira da revolução comunista e a leve até sua conclusão final. O Partido Comunista do Japão (JCP) há muito abandonou esse papel em favor do reformismo e do burocratismo. No caso de uma situação revolucionária, na melhor das hipóteses, paralisariam o movimento, o sufocariam e ajudariam a garantir que ele se dissipasse. Assim, há uma necessidade premente de que os trabalhadores mais avançados afastem esses velhos carreiristas e mostrem o caminho a seguir. Isso requer uma organização, que não pode ser construída da noite para o dia, mas a tarefa de construí-la deve começar agora.

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