Portuguese

Nas últimas semanas, houve uma escalada de ataques verbais do governo venezuelano contra a esquerda revolucionária. Esses ataques do presidente Maduro e do presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, foram dirigidos particularmente contra a Alternativa Popular Revolucionária (APR): uma plataforma política que reúne vários partidos e organizações à esquerda do governo de Maduro. Alegações muito sérias foram feitas, incluindo a acusação de que a oposição de esquerda ao governo está agindo em conluio com o imperialismo dos EUA.

Em 6 de fevereiro, milhares de manifestantes saíram às ruas de Túnis, capital da Tunísia, cantando “o povo quer a queda do regime” contra o partido islâmico Ennahdha, que faz parte da coalizão governamental. A polícia de choque já havia mobilizado cordões de segurança ao redor do centro da capital, impedindo que carros e pessoas entrassem nas ruas ao redor da Avenida Habib Bourguiba, onde ocorreu a manifestação. Apesar desses esforços, o protesto foi um dos maiores dos últimos anos.

Se há uma conclusão que se pode retirar destas eleições é o colapso da base eleitoral de esquerda. Por um lado, existiu um compromisso tácito dado a Marcelo Rebelo de Sousa, pela ala direita do PS; por outro lado, os próprios candidatos concorriam sabendo que não iriam vencer, como aconteceu com Marisa Matias que reconheceu uma vitória à primeira volta de Marcelo Rebelo de Sousa, e por isso candidataram-se com a “missão” de derrotar o fascismo.

A Holanda é um país europeu onde acontece relativamente pouco. Para os forasteiros, muitas vezes é visto como sóbrio, eficiente e estável. No entanto, o primeiro mês de 2021 já testemunhou a renúncia do terceiro governo Rutte e os distúrbios mais violentos em 40 anos. Enquanto isso, a burocracia do movimento dos trabalhadores está se movendo contra a esquerda.

O ano de 2021 mal começou e já parece se tornar, se não um ponto de viragem na história moderna da Rússia, então certamente um ano de enorme importância. Não importando o quanto as autoridades desejem que assim seja, o início de um novo ano não representa um novo começo ou um novo quadro-negro no que diz respeito às contradições acumuladas do capitalismo russo. Pelo contrário, essas contradições estão se aguçando a cada dia, levantando cada vez mais a questão, “socialismo ou barbárie?”

A última reviravolta na saga de implantação de vacinas expôs as contradições dentro da União Europeia e os limites do mercado capitalista para lidar com uma crise. Nos últimos dias, assistimos ao início de um conflito tanto entre a UE e o Reino Unido, como dentro da UE, algo que nos lembra a crise da dívida de 2011 e 2012.

Em assembleia realizada no dia 1º de fevereiro os trabalhadores da Comcap Autarquia (Empresa de limpeza pública de Florianópolis, SC) encerraram a greve que durou 15 dias. A greve foi motivada pelo fato do Prefeito Gean Loureiro (DEM) enviar à Câmara de Vereadores o projeto de lei que previa a extinção da Comcap, reduzindo em até 50% o salário dos trabalhadores e privatiza os serviços de limpeza pública. O projeto foi aprovado pela maioria dos vereadores atropelando todos os prazos legais de tramitação e sob um forte aparato da Polícia Militar e Guarda Municipal. Em assembleia realizada no dia 27 de janeiro os

...

Uma onda de protestos estudantis contra os exames presenciais varreu o Paquistão desde a semana passada. As mídias sociais nas últimas semanas foram tomadas pelas demandas dos estudantes. A hashtag#StudentsRejectOnCampusExams (Estudantes rejeitam o exame presencial) foi uma das principais tendências no Twitter nas últimas duas semanas.

Um novo e poderoso movimento de massa irrompeu na Tunísia. A explosão de raiva se deve à crise econômica, que rebaixou a vida dos tunisianos a um nível de pobreza e sofrimento. Exatamente 10 anos após a revolução de 2011 que derrubou Ben Ali, nenhum dos problemas das massas tunisianas foi resolvido.

A situação econômica, social e política do Haiti continua se deteriorando. Os protestos antigovernamentais continuaram nos últimos meses de 2020. Diante dessas repetidas revoltas contra seu regime, Jovenel Moïse está usando a polícia e bandos de delinquentes para massacrar e aterrorizar as massas nas ruas e nos bairros pobres. Observação: este artigo foi escrito em dezembro de 2020.

O descontentamento continua a fervilhar em todo o Irã. Desde o início de dezembro ocorreram pelo menos 240 greves e protestos. As manifestações estão se estendendo a camadas cada vez maiores da sociedade, incluindo estudantes, bazaaris (comerciantes e trabalhadores das feiras e mercados tradicionais), aposentados, desempregados e trabalhadores de todos os setores.

A posse do 46º Presidente dos Estados Unidos não foi marcada pela pompa e circunstância típicas de tomadas de posse anteriores. Durante dias, o distrito militarizado do centro de Washington, DC, foi descrito como uma “fortaleza sitiada”, patrulhada por 25 mil soldados da Guarda Nacional. Os soldados montaram postos de controle de segurança em toda a cidade e centenas de soldados foram acomodados nos corredores do próprio edifício do Capitólio. As cenas levaram a comparações com a entrada sob disfarce de Lincoln na capital, na véspera da Guerra Civil, ou a moderada cerimônia inaugural de Franklin Delano Roosevelt, realizada durante a Grande Depressão.